quarta-feira, 29 de agosto de 2007

COMENTÁRIO DE CELESTINO GONÇALVES

Porque o autor é uma autoridade na matéria,
o seu comentário reveste-se de uma importância muito particular.
Com a devida vénia, transcreve-se aqui a publicação efectuada a 07 de Agosto



Trata-se de mais um excelente trabalho do nosso amigo Tó Jó, iniciado em 12 de Julho passado. E só não nos surpreende porque já recentemente, a 15 de Junho último, nos brindou com outro maravilhoso Blog, sobre o Parque Nacional da Gorongosa, que neste espaço divulgamos (Ver Post nº 19) e pode ser consultado em http://gorongosa.blogspot.com/ .

2 - NOTAS SOBRE O BLOG

As fotos e os dados informativos apresentados em qualquer destes dois trabalhos, constituem matéria de elevado interesse histórico que interessa não só aos apaixonados pelos problemas da caça e dos animais selvagens, mas também, e sobretudo, aos responsáveis dos serviços que tutelam actualmente os sectores da conservação da fauna bravia e do turismo cinegético em Moçambique.
O rigor da informação contida nas legendas e notas explicativas, em todos os trabalhos postados neste Blog, resultam do conhecimento directo que o autor colheu nas áreas onde trabalhou. Ele tornou-se um entusiasta e um autêntico expert em cinegética e conservação da vida animal. Os conceitos que agora nos transmite sobre estas duas formas de encarar a fauna bravia correspondem exactamente às recomendações dos mais exigentes cientistas: a caça organizada tal como se praticou e pratica em Moçambique, é a forma correcta de garantir a preservação das espécies, considerando que os abates são selectivos visando somente os animais mais velhos e sobretudo os machos normalmente já afastados do ciclo de procriação. Para além disso, as empresas concessionárias das coutadas e outras áreas de caça garantem uma fiscalização mais eficaz que a praticada pelo próprio Estado, evitando assim que as áreas sob sua jurisdição sejam devassadas pelos caçadores furtivos.
Os trabalhos já inseridos em tão pouco tempo, neste Blog, abrangem de uma forma geral as actividades da SAFRIQUE, a empresa que, como bem diz o autor, foi considerada a maior e mais bem organizada promotora de safaris de caça em África nas décadas de 60 e 70 e cuja história só aos poucos tem vindo a ser escrita.
Esta feliz iniciativa do António Jorge vem ao encontro dos desejos que eu próprio venho divulgando desde que criei o meu site em Fevereiro de 2000: a necessidade de se escrever sobre a fauna bravia, a caça e os caçadores de Moçambique, com o propósito de se contribuir para a história deste sector que pouco foi divulgado no período sob administração colonial portuguesa e que, como agora se viu neste excelente trabalho, ainda tem pessoas com conhecimentos e material de grande valor para se produzir essa história.
Deixo aqui os meus sinceros parabéns ao amigo António Jorge e os agradecimentos por me ter incluído na galeria dos seus colaboradores para este trabalho. Na verdade, eu é que tenho recebido dele excelente colaboração para os meus trabalhos!
Força Tó Jó, o teu trabalho só agora começou e Moçambique merece de todos nós, que tanto o amamos, toda a nossa ajuda!
Marrabenta, Agosto de 2000
Celestino Gonçalves

3 comentários:

Unknown disse...

caros srd.

estyou em contacto com um grande amigo meu o sr celestino goncalves , e solicito que alguem daí me informe do seguinte - de parte vossa - se caso receberam candidatura minha - e se a nyalaland ainda exiate
alguem da safrique que comunique
para jorge serodio
e-mail- jorgemanuel.serodio@gmail.com
c/amizade
jorge serodio

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Olá, meu nome é Lilian e sou estudante de doutorado em Ecologia pela Universidade Federal de Goiás, no Brasil.

Estou a analisar mudanças no tamanho de grupo de leões e cães selvagens (mabecos) na África, ao longo do tempo. Para isso, preciso de dados/registros, o mais antigos quanto possível, sobre esses animais.

Tendo em vista vossa grande experiência em caça grossa em África, e no potencial de preservação da vida selvagem pela caça, eu gostaria humildemente de saber se poderiam me ajudar nessa empreitada. Por acaso, tens algum registro que possa me ajudar?

Ficarei feliz em mencionar sua valiosa contribuição no artigo científico que resultará deste trabalho.

Muito obrigada.